quarta-feira, 11 de abril de 2007

Aviões...

Os lobbystas bem que poderiam incidir para ajudar a amenizar esse problema dos aeroportos... todo mundo está usando os aviões como barganha. Daqui a pouco até os professores vão boicotar as aeronaves, só prometendo devolver as peças após ajuste salarial. Os camponeses vão invadir os aeroportos, destruir o asfalto da pista de pouso e tentar desapropriar a área, por ser terra improdutiva. O que me deixa triste é que isso só traz mais propaganda negativa pro Brasil internacionalmente e deixa as pessoas inseguras. Isso afeta o turismo e acaba desequilibrando as economias de cidades que vivem disso. Só espero que eles cheguem logo a um acordo e não fiquem empurrando a situação com a barriga até que chegue a um ponto extremo.
Quanto à notícia abaixo, se é uma operação padrão, ela não deveria atrasar os vôos, não é mesmo? Sempre houve a conferência de documentos... Talvez possa ser exagero midiático, talvez nao. Mas isso só causa mais insegurança em relação aos serviços aeronáuticos brasileiros, já tidos entre os melhores do mundo.
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Aeroportos podem reviver atrasos com operação padrão da PF


Do CorreioWeb

11/04/2007
20h27
-Depois de sofrerem com atrasos de vôos intermináveis – a maioria provocada pela greve branca dos controladores de vôo -, os usuários de aeroportos podem reviver novo pesadelo. Desta vez por causa dos agentes da Polícia Federal que, sem acordo relativo a reajuste salarial com o governo – decidiram nesta quarta-feira retomar a operação padrão, que consiste em verificar a documentação de todos os passageiros que estiverem embarcando. Hoje em dia, esse procedimento é feito somente com os viajantes com destinos internacionais.

Mas, assim que o movimento for deflagrado, os federais vão passar a cumprir rigorosamente o que manda a lei: conferir a identificação de todos os passageiros, mesmo aqueles que viajarem para dentro do país. “Ninguém escapará do crivo. O rigor será total. Todos serão investigados, identificados e revistados”, avisou o presidente do Sindicato Nacional dos Delegados de Policia Federal (Sindepol), delegado Joel Zarpellon Mazo.

Com a medida, longas filas para o embarque poderão ser formadas, o que pode provocar atrasos nas saídas dos aviões. Em efeito cascata, toda a malha aérea brasileira poderá ser afetada. O último levantamento da Infraero relativo a fevereiro deste ano aponta que, em média, 642 mil passageiros embarcaram e desembarcaram nos aeroportos do país. No total, foram 18 milhões de pessoasl.

O motivo pelo qual os federais resolveram radicalizar foi uma reunião marcada para hoje que não aconteceu. “Chegamos lá na hora e depois de quase duas horas de espera e sem nenhuma notícia resolvemos ir embora. Ainda voltamos uma vez a pedido do pessoal do Ministério do Planejamento”, contou o delegado, que disse ter esperado sem novidades por mais meia hora.

Além da operação padrão em portos e aeroportos, os federais prometem fazer paralisações por 72 horas. Nesta quinta-feira, a categoria se reúne para definir o dia em que começam o movimento.

A reivindicação da categoria é o cumprimento do acordo feito com o governo em junho do ano passado: reajuste de 60%, dividido em duas parcelas. Hoje, o salário de um agente federal em início de carreira é de R$ 4,4 mil, e de um delegado, R$ 8,9 mil.

Sobre o não-comparecimento no encontro, o secretário Nacional de Recursos Humanos, Sérgio Medonça, por meio de sua assessoria de imprensa, disse ter ficado surpreso “porque atrasos acontecem e os sindicalistas eram constantemente avisados do que vinha acontecendo”.

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