Aproveitando o 'gancho' do meu amigo Rodolfo (ainda virtual, porque nos desencontramos no dia em que poderíamos nos conhecer pessoalmente), resolvi falar da ansiedade gerada pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação, sem as quais não poderíamos fazer as coisas na velocidade em que as fazemos atualmente. Eu, por exemplo estou falando de uma sala de computadores, bem longe da minha casa... e agora terei de sair, mas continuo depois.
Continuando - agora de casa. A velocidade com que as informações circulam nos deixam mais ansiosos. Antigamente era normal esperar que a internet conectasse, ia-se à cozinha, tomava-se um café. Agora se dá um lag de 2s já é motivo para desespero. E a espera de um e-mail? Parece que dura uma eternidade... a tecla F5 já está até gasta, de tanto apertar pra ver se o site entra logo no ar. É ótimo que a tecnologia se desenvolva, mas há limites.
O problema que vejo é que quanto mais rápido as coisas podem ser feitas, mais coisas fazemos - e aí se prejudica o tempo livre. E nessa linha de produção não vejo grandes avanços na qualidade, pois não se tem tempo para refletir sobre elas. Isso até na própria produção do pensamento.
Afinal, qual o sentido de se produzir?
As pessoas vão ficando ansiosas, preocupadas, nervosas, compram blackberries para não perder um segundo sequer... e aí vêm problemas como a procrastinação, depressão, desânimo. Tudo porque não se tem tempo para perder. O tempo de não fazer nada - sem ser a hora de dormir - é extremamente necessário, é quando flui a criatividade. Alguém tem um ócio pra me dar?
Agora encerro, pois tenho de fazer mais coisas do que o tempo me permitirá...
Feliz 2012!
Há 13 anos
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